outubro 27, 2005

Esta vida de marinheiro

...

Tavira, 2005


«O mundo não compreende mais do que está à superfície». Li-o há anos atrás e hoje murmuro-o em dias de dificuldade em respirar. A realidade é tão superficial que se soprássemos não sobrava nada. Algum pó, talvez. Sempre pensei que quando crescesse caberia em todo o lado, sem me preocupar com o tamanho das mangas da camisa e as pastilhas nas solas dos sapatos. Depois de um sopro, sobra sempre algum pó-de-anjo.
...

3 comentários:

m disse...

E antes punha-se a cabeça entre as grades e ela saía, agora a cabeça fica lá agarrada.
As coisas que acontecem passam a ser a nossa pastilha agarrada aos sapatos e por mais que se esfregue na terra não sai e se os sapatos forem para o lixo fica agarrada aos pés ...

quem me dera ser marujo

Anónimo disse...

esta foto está gira, mas a outra do capitão também estava :D

Anónimo disse...

Deixa que te diga que esta fotografia é absolutamente deslumbrante! O azul e a mão aberta uma leveza única. A vontade de me espraiar, sem pudor.