janeiro 26, 2005

As palavras fazem de nós mortos

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Évora, 2003


É em dias de chuva que se percebe como todos os poetas são patéticos. Com os seus gatos ao colo e sempre com a barba por fazer. Mais tarde ou mais cedo, acabam por se matar. E os que não o fazem, por distracção ou timidez, vão acabar por desejar tê-lo feito quando eram jovens. Não se decidem: patéticos. Mais as suas vozes desafinadas. São piores que as putas. Nunca hão-de perceber a diferença entre amar demasiado e suficientemente bem.
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