julho 08, 2009

El olvido está lleno de memoria

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Cáceres, 2009


Levantados do chão, os afogados. Suspiram ao vento, cada um para seu lado, e de costas viradas para a luz. Atravessam correntes de ar, de mãos dadas e sombras entrelaçadas. Exilados numa noite sem saída, os afogados maldizem o mar e amaldiçoam a pressa das ondas. A esperança morre sozinha. & de cansaço, muito depois de todos os outros. Que vão desistindo um a um, na sua condição de amarrados a estranhas formas de bom juízo. O eterno retorno só dura um instante, e tudo o que sobra é um futuro que ecoa, em abandono. Deixai. Nunca desejei vir a ser eu.
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1 comentário:

Devir disse...

Sublime.