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Lisboa, 2005
Alguma coisa onde tu parada
fosses depois das lágrimas uma ilha,
e eu chegasse para dizer-te adeus
de repente na curva duma estrada
alguma coisa onde a tua mão
escrevesse cartas para chover
e eu partisse a fumar
e o fumo fosse para se ler
alguma coisa onde tu ao norte
beijasses nos olhos os navios
e eu rasgasse o teu retrato
para vê-Io passar na direcção dos rios
alguma coisa onde tu corresses
numa rua com portas para o mar
e eu morresse
para ouvir-te sonhar
António José Forte
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5 comentários:
Belo, belo e belo!!!
Que bom ler assim coisas tão bonitas.
beijoca
E assim se terá sempre Paris ou outro planeta, ou outro entendimento, ou outro encontro mais definitivo ou só intuitivo!
E assim ... a comunicação.
Tem mal?
Tem mal gostar muito deste espaço, reconhecimento em tempo real.
As melhoras e as aranhas as aranhas são f ...
Já não leva o prémio ... João césar Monteiro não é a resposta certa. Mas agradecemos a sua participação!
E ouvir Vitorino cantá-las? Muito bom.
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